terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Eu li: Must Have, de Geoffrey Miller

Uma das minhas muitas compras no The Book Depository, o livro "Must Have - The Hidden Instincts Behind Everything we Buy", escrito por geoffrey Miller, me interessou bastante quando li uma nota sobre ele na revista "Aventuras na História".

Sobre o livro, na sua contracapa:

Why do we buy? What it is that governs our choice of car? How does advertising really work? And what can the story of Aladin teach us about today's world?
In this brilliantly original, provocativa and witty book, Geoffrey Miller - acclaimed author of The Mating Mind - take us on a journey through the surreal wonderlands of marketing, advertising and media to explore the hidden instincts behind our choices. Combining this with the latest developments in evolutionary psychology, genetics and consumer research, he explains why we buy what we buy and how we can escape the excesses of twenty-first century consumerism.

Traduzindo mal-e-porcamente:
Por que compramos? O que nos faz decidir qual carro comprar? Como a propaganda realmente funciona? E o que a história do Aladin pode nos ensinar sobre o mundo de hoje?
Neste brilhantemente original, provocativo e espirituoso livro, Geoffrey Miller - aclamado autor de "The Mating Mind" - nos leva numa jornada pelo surreal "país das maravilhas" do marketing, da propaganda e da mídia, para explorarmos os instintos escondidos por trás de nossas escolhas. Combinando isso com as mais novas descobertas da psicologia evolutiva, genética e pesquisa do consumidor, ele explica por que compramos o que compramos e como podemos escapar dos excessos do consumismo do século 21.

Bem, o livro fala basicamente do que diz na contracapa mesmo... porque compramos. A hipótese do autor é que não compramos determinado produto ou determinada marca pela utilidade que o produto acrescenta na nossa vida, mas pela impressão que causamos nos outros por possuir esse produto.

Como o livro é bem extenso e detalhado, é tecnicamente impossível eu conseguir estragar a leitura de vcs contando coisas demais, então vou falar um pouco sobre as coisas que tentamos demonstrar comprando:

O autor fala dos "Central Six", que são as características principais que todos têm e que queremos que as outras pessoas percebam, a principal delas sendo a inteligencia geral, que é aquilo que é medido em testes de QI. As outras 5 são: "openness" (achei que "abertura" ficaria estranho, então deixei no original em inglês),  que é o quão abertos somos a coisas novas, o quão progressivos; "responsabilidade", que determina o quão consciente somos dos nossos atos e responsáveis pelos mesmos, se temos caráter; "agradabilidade", se somos pessoas bacanas, se as outras pessoas gostam da nossa companhia e se gostamos de agradar os outros; "estabilidade", principalmente a emocional, que mostra o quão suscetíveis somos as coisas ruins que acontecem conosco; e por ultimo "extraversão", que representa se somos pessoas comunicativas, ativas, que gostam de sair... cada pessoa têm níveis diferentes de todos os "Central Six", e normalmente prefere se relacionar com pessoas parecidas nesses aspectos.

A partir dessa premissa, são dados vários exemplos e, posteriormente, as ideias do autor de como fugir dessa armadilha do consumismo e outras maneiras possíveis que temos de demonstrar nossas características sem pra isso precisarmos comprar coisas - a principal delas sendo CONVERSAR com as pessoas, já que uma conversa breve demonstra mais sobre o que somos e queremos do que qualquer bolsa de luxo.

O único problema nessa teoria do autor é que é muito fácil partes dela serem ligadas com discriminação, já que para ele as diferenças entre pessoas de países diferentes, cores diferentes, religiões diferentes, sexos diferentes e etc seriam gritantes, inclusive em relação a inteligencia... e essas diferenças deveriam ser tornadas públicas. Sem entrar no mérito se isso é certo ou errado, com certeza esse tipo de coisa geraria o aumento da discriminação, da segregação e talvez até alguma coisa parecida com o que conhecemos como nazismo.

Deixando de lado essa parte mais, digamos, controversa do livro, muitas das ideias abordadas podem nos ajudar a mudar o mundo como conhecemos, em que o sucesso de alguém é demonstrado pelo número de bens de luxo que possui.

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